terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Programa Viva Volei define datas para capacitação de profissionais



O programa Viva Vôlei na Paraíba, desenvolvido em um convênio entre o Governo do Estado e a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), definiu nesta segunda feira (27) as datas de capacitação dos profissionais que participarão do projeto. O objetivo do programa é realizar escolinhas gratuitas de voleibol para as crianças carentes de 7 a 14 anos. O treinamento em Cajazeiras acontece durante os dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro; em Patos, será nos dias 6 e 7 de fevereiro; ainda em fevereiro, nos dias 21 e 22, será a vez de Guarabira e João Pessoa; e nos dias 27 e 28, a capacitação acontecerá em Campina Grande.
O Secretário de Juventude, Esporte e Lazer, Tibério Limeira, destacou que o Viva Vôlei tem a função de formar cidadãos. “A inclusão social é um dos principais objetivos do programa, que visa formar cidadãos em cinco municípios da Paraíba. Uma das metas da gestão é incentivar a prática do esporte como meio de tirar as crianças da ociosidade, que levam ao caminho das drogas”, frisou.
Tibério Limeira ainda afirmou que “as crianças para participar do Viva Vôlei precisam estar devidamente matriculadas nos seus respectivos colégios, com notas sob fiscalização dos profissionais do projeto”.
O coordenador do projeto Viva Vôlei, Harlen Vilarim, que também é instrutor indicado pela CBV, destacou que os profissionais formados para o Viva Vôlei, poderão participar de outros programas do Governo. “A capacitação é importante porque os profissionais das regiões irão ficar aptos a trabalharem no Viva Vôlei. As datas foram elaboradas de acordo com um cronograma da Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer (Sejel) e a CBV”, disse.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Regulamento Geral Camp. NO/NE de Basquetebol Master

 

REGULAMENTO GERAL
CAMPEONATO NORTE/NORDESTE DE BASQUETEBOL MASTER

CAPITULO I
DOS PRINCÍPIOS DA COMPETIÇÃO
Art. 1 - O presente regulamento, aprovado em Assembleia Geral Extraordinária convocada para esse fim pelas Associações da Região Norte e Nordeste regularmente filiadas, nesta data, à Federação Brasileira de Basquetebol Master – FBBM, tem por objetivo estabelecer normas a serem cumpridas quando da realização dos Campeonatos Norte/Nordeste de Basquetebol Master, de forma a estimular a participação dos atletas na disputa esportiva em ambiente de congraçamento e amizade.
CAPITULO II
DA COMPETIÇÃO
Art. 2 - As competições serão regidas pelas regras da FIBA, exceto naquilo que for disposto diferentemente neste Regulamento.
Art. 3 - Por ocasião do Congresso Técnico, que antecede o início de cada Campeonato Norte/Nordeste, será constituída uma Comissão Técnica
§ 1º - A Comissão Técnica é formada por três membros – o Diretor Técnico da FBBM, o Diretor Técnico da Associação Organizadora e o Presidente da Associação Organizadora, podendo qualquer deles ser substituído por indicação da Associação organizadora do campeonato ou pela FBBM.
Art. 4 - Para o Campeonato será constituída uma Comissão Disciplinar composta por 3 (três) membros efetivos e 2 (dois) membros suplentes.
§ 1º - Um membro efetivo será indicado pelo Estado sede e os outros dois membros efetivos  serão sorteados dentre as Associações participantes.
§ 2º - Os 2 (dois) membros suplentes serão sorteados dentre as Associações participantes, a qual deverá indicar seu representante, sendo, desde logo, considerado empossado.
§ 3º - Os julgamentos só poderão acontecer na presença de 03 (três) membros da comissão disciplinar.
Art. 5 - Os membros da Comissão Disciplinar deverão ser participantes do Campeonato, mas não na qualidade de atleta.
§ 1º - Na impossibilidade de aplicar o disposto no caput, a Associação organizadora do campeonato indicará membros de sua cidade.
Art. 6 - Os membros Suplentes serão convocados como efetivos quando a Associação a que faz parte algum membro efetivo estiver envolvida em qualquer relatório, ou por impossibilidade de participação de qualquer membro efetivo.
Art. 7 - A Comissão Disciplinar somente se reunirá por convocação da Comissão Técnica ou por solicitação de qualquer um de seus membros.

Art. 8 - Caberá a Comissão Disciplinar avaliar os relatórios dos jogos e aplicar as devidas punições, no prazo máximo de 24 horas (antes do próximo jogo), de acordo com o Código Disciplinar previsto no Capítulo VI deste Regulamento, tendo suas decisões caráter inapelável.
Art. 9 - Cabe à Comissão Disciplinar julgar as ocorrências relatadas pelos árbitros e/ou Delegado do jogo, assim como denúncias feitas pela Comissão Técnica e aplicar punições de acordo com o Código Disciplinar previsto no Capítulo VI deste Regulamento.
Art. 10 - Em todo jogo deverá estar presente um delegado indicado pelo Departamento Técnico da Comissão Organizadora, a quem caberá as seguintes atribuições:
I – chegar ao local do jogo com pelo menos trinta minutos de antecedência em relação ao horário programado para a primeira partida;
II – verificar previamente as condições da quadra do jogo;
III – providenciar a disponibilidade de todo o material de jogo (bolas, súmulas e equipamentos de mesa), bem como seu recolhimento e guarda após a realização de cada rodada;
IV – providenciar o encaminhamento diário das súmulas de jogo à secretaria do campeonato após o encerramento de cada rodada;
V – verificar a presença dos oficiais de quadra escalados para os jogos;
VI – entrar em contato com a organização do campeonato para notificar eventuais falhas que se verificarem;
VII – relatar o mais detalhadamente possível qualquer ocorrência irregular de caráter disciplinar ou administrativo ocorrido antes, durante ou após o jogo;
VIII – cumprir as demais determinações da organização do campeonato.
Parágrafo Único – Caso não haja a indicação prevista no caput, será considerado como Delegado o árbitro da partida.
Art. 11 - Os jogos serão organizados por categoria, segundo as faixas etárias abaixo:
Masculino: 30+, 35+, 43+,50+ e 59+
Feminino: 30+, 38+ e 45+
§ 1º – A idade considerada quando da definição das faixas etárias, será aquela completada pelo atleta no ano em que ocorrer a competição.
§ 2º - Será obrigatória a apresentação de qualquer documento oficial de Identidade com foto (original) aos mesários, em todas as partidas.
§ 3º - Qualquer atleta inscrito poderá jogar na faixa etária inferior a sua idade, mas somente poderá se inscrever em 1 (uma) equipe e em 1 (uma) Associação.
Art. 12 - A tabela inicial de jogos será elaborada no congresso técnico imediatamente após o fechamento das inscrições das equipes.
Parágrafo Único – As tabelas dos jogos serão divulgadas em boletins oficiais, da forma mais ampla possível, inclusive em sites oficiais da competição, se houver disponibilidade desse recurso.
CAPITULO III
DA PARTICIPAÇÃO DE ASSOCIAÇÕES, EQUIPES E ATLETAS
Art. 13 - Para participar do Campeonato Norte/ Nordeste de Basquetebol Master, todos os atletas, deverão apresentar o formulário de Direito de Renúncia assinado juntamente com a inscrição do atleta.
§ 1º - O atleta que não apresentar os documentos previstos no caput até o início do primeiro jogo da categoria, não poderá jogar até que os apresente.
§ 2º - Cada Associação filiada a FBBM poderá inscrever até duas equipes por faixa etária.
§ 3º - As Associações que não tiverem pagado as inscrições das equipes, não poderão jogar até quitarem os valores referentes as taxas de inscrição.
§ 4° - Será cobrada pela Associação organizadora do campeonato, uma taxa de inscrição por atleta participante no valor equivalente a até 1/3 do salário mínimo nacional, e de metade deste valor para acompanhantes que desejarem participar do jantar de Confraternização.
Art. 14 - Será cobrada pela Associação organizadora do campeonato, por ocasião do Congresso Técnico de abertura, uma taxa de inscrição por equipe participante no valor equivalente a até 1/3 do salário mínimo nacional.
Art. 15 - A Associação que fizer o registro de uma equipe para qualquer das faixas etárias e depois desistir de participar por qualquer razão, incorrerá em multa correspondente a 3 (três) vezes a taxa de registro para cada faixa etária desistente, a qual deverá ser paga em 24 (vinte e quatro) horas.
§ 1° - A multa reverterá para a Associação que estiver responsável pela realização do campeonato.
§ 2º - Enquanto não for paga a multa, as demais categorias da Associação inadimplente ficarão impossibilitadas de participar da competição, implicando perda dos jogos por WO.
§ 3º - Caso a Associação esteja participando apenas na categoria em que ocorreu a desistência, o não pagamento da multa implicará o seu impedimento de participar do campeonato do ano seguinte.
Art. 16 - Caberá à Comissão Técnica da Associação responsável pela realização do campeonato, no Congresso Técnico de Abertura, relacionar os jogadores de BOLSAS/AVULSOS interessados em participar do Encontro, distribuindo-os dentro de suas faixas etárias e por interesse das Associações inscritas, priorizando sempre as Associações de outros Estados com um número menor de atletas, podendo, no entanto, jogar pelo estado sede apenas se não houver interesse das Associações de outros Estados.
Parágrafo Único - O pagamento da inscrição do atleta que participará pela bolsa, só será feito na secretaria do evento.
Art. 17 - Cada equipe poderá inscrever o máximo de 12 (doze) jogadores.
§ 1º - A inscrição de atleta na súmula poderá ser feita até o final do segundo quarto do jogo.
§ 2º - Todos os jogadores inscritos na súmula deverão obrigatoriamente cumprir um quarto completo do jogo, e a ficar de fora da partida pelo menos um quarto integral.
§ 3º - No quarto em que estiver cumprindo sua participação obrigatória, o atleta não poderá ser substituído em hipótese alguma.
§ 4º - Não havendo possibilidade de o atleta cumprindo o seu quarto de participação obrigatória permanecer em quadra, a sua equipe deverá jogar com quatro atletas.
Art. 18 - Se duas equipes em confronto estiverem com diferentes números de jogadores inscritos na súmula, a que dispuser do número maior estará obrigada a cumprir a regra de participação compulsória apenas com a mesma quantidade de jogadores da adversária, podendo utilizar os demais jogadores em quartos incompletos ou mesmo não utilizá-los.
Art. 19 - Será permitida a participação de, no máximo, 2 (dois) convidados por equipe.
Art. 20 - Para fins do artigo anterior, considera-se convidado o atleta que:
I - Não possua domicílio eleitoral na região norte ou nordeste;
Art. 21 - O atleta que tenha seu estado natal pertencente à região norte ou nordeste e jogar por estado diverso, será considerado convidado, desde que o seu estado natal participe da competição em sua faixa etária ou jogue por outra categoria na qual o seu estado natal esteja participando;
§ 1º - Entende-se por estado natal, aquele no qual o atleta possui domicílio eleitoral;
§ 2º - Os atletas que não forem utilizados por determinada associação, por estar ultrapassando a quantidade máxima de atletas permitida para inscrição na categoria, poderão se inscrever em qualquer outra associação sem serem considerados convidados.
 Art. 22 - Para fins de comprovação de domicílio eleitoral, será apenas aceita a certidão fornecida pela Justiça Eleitoral com validade de 3 (três) meses.
Art. 23 - Só poderão participar do Encontro as Associações das regiões Norte e Nordeste regularmente filiadas à FBBM.
Art. 24 - A Associação Organizadora do Evento poderá convidar equipes de outras regiões.
§ 1º - As equipes convidadas não entrarão na disputa do título, havendo uma premiação à parte para elas.
§ 2º - As equipes convidadas terão as mesmas obrigações das demais participantes.
Art. 25 - Em todas as faixas etárias, os jogos terão a duração de 40 (quarenta) minutos, divididos em 4 (quatro) quartos de 10 (dez) minutos cada, com intervalos de 2 (dois) minutos entre o primeiro e segundo quarto e entre o 3º e o 4º quarto. Entre o segundo e terceiro quarto, o intervalo será de 10 (dez) minutos.
Parágrafo Único - Cada equipe poderá solicitar 2 (dois) tempos no primeiro meio tempo de jogo e 3 (três) no segundo meio tempo de jogo, independente do quarto que for solicitado, complementado com o tempo extra (prorrogação), se for o caso.
Art. 26 - O jogo terá inicio com bola ao alto e os demais quartos iniciarão com sistema de setas conforme Regra Oficial da FIBA.
Art. 27 - Nas categorias (Masculino e Feminino), a equipe será obrigada a apresentar-se no início de cada partida com 7 (sete) jogadores no mínimo e no máximo com 12 (doze).
Parágrafo Único - Consideram-se apresentados, os jogadores inscritos na súmula e que estejam presentes fisicamente na quadra.
Art. 28 - Fica estabelecida uma tolerância de 15 (quinze) minutos após o horário determinado em tabela de jogos para a presença das 2 (duas) equipes devidamente uniformizadas e em condições de jogo.
§ 1º - Transcorrido este prazo, a equipe ausente será declarada perdedora por WO (20 x 0) e não terá direito ao ponto de participação.
§ 2º - Ausentes às duas equipes, ambas serão declaradas perdedoras por WO (20 x 00) e não terão direito a ponto de participação.
Art. 29 - Havendo empate no resultado classificatório, serão obedecidos os seguintes critérios de desempate:
a) Empate entre duas equipes:
1 - Confronto direto
b) Empate entre três ou mais equipes:
1 - Melhor average entre as equipes empatadas;
2 - Melhor average em todos os jogos do grupo (inclusive). W x O = 20 x 00);
3 - Melhor average em todos os jogos da competição;
4 - Sorteio.
Art. 30 - Cada equipe que se classificar entre os 3 ( três ) primeiros lugares receberá premiação em medalhas, correspondente ao número de atletas e técnico e 1 (um) troféu para o campeão e outro para o vice-campeão.
Art. 31 - Os árbitros e mesários do Campeonato deverão ser vinculados às Federações Estaduais de Basquetebol e ficarão à disposição da Comissão Técnica que será responsável pela coordenação da escala para os jogos.
CAPITULO IV
DA FORMA DE DISPUTA
Art. 32 - A forma de disputa dar-se-á de acordo com o quantitativo de equipes, obedecendo ao seguinte:
a) 2 (duas) equipes:
1 - Melhor de três partidas
b) 3 (três) equipes:
1 - Fase de classificação: Rodízio Simples
2 - Fase Final: 1° colocado X 2° colocado
c) 4 (quatro) equipes:
1- Fase de classificação: Rodízio Simples
2- Fase Final: 3° colocado X 4° colocado (disputa de 3° e 4° lugares);
 1° colocado X 2° colocado (disputa de 1 ° e 2° lugares)
d) 5 (cinco) equipes:
1 - Serão formadas duas chaves (A e B):
Chave A – Duas equipes – Melhor de Três
Chave B – Três equipes – Rodízio Simples Fase Final
2° colocado A X 2° colocado B (disputa de 3° e 4° lugares)
1° colocado A X 1° colocado B (disputa de 1° e 2° lugares)
e) 6 (seis) equipes e 07(sete) equipes:
1 - Serão formadas duas chaves (a e b) e as equipes jogarão entre si em
cada chave.
Finais
3° da chave A X 3° da chave B – 5º e 6º lugares
2° da chave A X 2° da chave B – 3º e 4º lugares
1º  da chave A X 1º da chave B – 1º e 2º lugares
f) 8 (oito) equipes:
1 - Serão formadas duas chaves e as equipes jogarão entre si em cada chave.
Finais
3° da chave A X 3° da chave B – 5º e 6º lugares
2° da chave A X 2° da chave B – 3º e 4º lugares
1º  da chave A X 1º da chave B – 1º e 2º lugares
g) 9 (nove) a 12 equipes:
1 - A forma de disputa será deliberada no Congresso Técnico.
Art. 33 - A Tabela dos jogos fica à critério e responsabilidade da Comissão Técnica e atendendo os interesses da Associação responsável pela realização do campeonato.
CAPITULO V
DOS PROTESTOS
Art. 34 - O Protesto é uma forma de manifestação diante de uma situação irregular decorrente da disputa, expresso através de documento hábil, encaminhado a Comissão Técnica.
Art. 35 - São requisitos de admissibilidade do protesto:
I - Imediatamente após o final da partida, o capitão da equipe deverá informar ao arbitro que sua equipe está protestando contra o resultado da partida e assinar a sumula no espaço marcado ‘Assinatura do capitão em caso de protesto’.
II - O representante oficial da equipe envolvida deverá fornecer a confirmação do protesto por escrito no prazo de 20 (vinte) minutos do final da partida.
III - A juntada ao documento de protesto do recibo correspondente ao recolhimento de uma taxa no valor de 20% do salário mínimo vigente, que deverá ser efetuada à Comissão Financeira do Campeonato.
IV - O Protesto deverá ser expresso de maneira clara e objetiva, nominando sua causa e assinado pelo Representante Legal da equipe protestante.
Parágrafo Único - São Representantes Legais junto a Comissão Organizadora, todos os Professores/Técnicos, Assistente-Técnicos das equipes, bem como o Presidente ou Vice-presidente reconhecidos ou qualquer pessoa munida de procuração específica para representar a Associação em assembleias e congressos técnicos.
Art. 36 - A ausência de pelo menos um dos requisitos previstos no artigo 36 ocasionará o não conhecimento do protesto.
Art. 37 - Sendo julgado procedente o protesto, a taxa prevista no inciso III do artigo 36 será devolvida à equipe protestante.
Art. 38 - Os fatos que originarem causas de protestos poderão ser levados ao conhecimento dos árbitros a fim de que os mesmos registrem em súmulas.
CAPITULO VI
DO CÓDIGO DISCIPLINAR
Art. 39 - Qualquer atleta que cometer FALTA DESQUALIFICANTE, sendo a mesma registrada em súmula ou relatório do Delegado, estará suspenso automaticamente da partida seguinte, independente do julgamento da Comissão Disciplinar.
Parágrafo Único - Caso o atleta seja desqualificado por duas faltas antidesportivas, o mesmo não estará suspenso automaticamente.
Art. 40 - O Encontro terá como Código Disciplinar, além das Regras da FIBA, as                      adaptações abaixo, sendo sua aplicabilidade independente da suspensão automática por desqualificação prevista no artigo 40.
1 - Proceder deslealmente ou inconveniente durante a partida.
Punição: Suspensão de uma partida.
2 - Reclamar por gestos ou palavras contra as decisões da partida.
Punição: Suspensão de uma partida.
3 - Desrespeitar por gestos e palavras o árbitro e seus auxiliares.
Punição: Suspensão de uma partida.
4 - Praticar jogada violenta contra o adversário.
Punição: Suspensão de uma partida.
5 - Ofender moralmente o árbitro e seus  auxiliares.
Punição: Suspensão de duas partidas.
6 - Desistir de disputar a competição depois de iniciada, por abandono, simulação de contusão ou desinteresse nas jogadas, ou tentar impedir por qualquer meio o seu prosseguimento.
Punição: Suspensão de duas partidas
7 - Participar de conflito ou tumulto durante a competição.
Punição: Suspensão de duas partidas.
8 - Assumir atitude contrária a disciplina ou a moral desportiva em relação ao componente de sua equipe, adversário ou público.
Punição: Suspensão de duas partidas.
9 - Assumir atitude contrária à disciplina ou a moral desportiva em relação ao Delegado, aos membros da Comissão Organizadora, da Comissão Técnica, da Direção da FBBM, ou da Comissão Disciplinar.
Punição: Suspensão de duas partidas.
10 - Praticar vias de fato contra companheiro de equipe ou adversário.
Punição: Suspensão de três partidas
11 - Equipe que deliberadamente tumultuar o andamento do Encontro.
Punição: Suspensão de duas partidas
12 - Praticar agressão física ou moral contra o árbitro e seus auxiliares.
Punição: Eliminação do Encontro.
Art. 41 – As infrações previstas no artigo 41 serão apreciadas pela Comissão Disciplinar.
Parágrafo Único - A súmula do será instrumento hábil para análise das infrações ocorridas.
CAPITULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 42 - Os casos que não se enquadram neste Regulamento serão apreciados pela Comissão Técnica ou Comissão Disciplinar, quando for este o caso.














domingo, 19 de janeiro de 2014

Violencia nos esportes...uma questão a ser discutida.

Torcidas mostram sua face violenta nas arquibancadas paulistas

violência presente no futebol não é um fenômeno próprio do esporte, mas uma representação do que ocorre na sociedade como um todo. A análise, que vai além das freqüentes considerações imediatistas e superficiais sobre o tema, pontuou as palestras e debates do “Fórum sobre violência no Futebol”, realizado em 19 de abril no Centro de Convenções da Unicamp. O evento, promovido pela Faculdade de Educação Física (FEF) da Universidade, reuniu especialistas de diferentes áreas, que abordaram assuntos relacionados à questão central do encontro. O objetivo do Fórum, conforme os organizadores, foi justamente estimular a reflexão sobre a problemática da violência associada ao futebol a partir de uma visão mais ampla e conseqüente.
Fórum da FEF reuniu especialistas de várias áreas
De acordo com o professor Maurício Murad, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), é um equívoco considerar a violência relacionada ao futebol brasileiro como um episódio isolado do restante da sociedade. “Assim como é um erro responsabilizar as torcidas organizadas pelos atos violentos praticados no estádio ou no seu entorno. Meus estudos indicam que apenas 5% dos indivíduos vinculados a essas agremiações agem de forma agressiva ou transgressora. Ou seja, trata-se de uma minoria dentro de uma minoria, visto que as organizadas constituem apenas uma parcela do público que costuma acompanhar o futebol’, afirmou. O docente lembrou que o tema violência começou a ganhar espaço no noticiário e a preocupar a sociedade brasileira nos idos dos anos 60, período do regime militar. Vinte anos depois, o fenômeno também atingiu o futebol de forma mais pronunciada.
Atualmente, insistiu Murad, os atos violentos praticados por ocasião dos jogos estão restritos a alguns grupos. Não raro, são os mesmos que também se infiltram nos bailes funks, nos grandes shows musicais e nas festas de carnaval para causar confusões e brigas. “São grupos formados predominantemente por jovens entre 15 e 24 anos, que vivem em áreas de risco ou dominadas pelo crime organizado, onde serviços públicos como saúde, educação e lazer praticamente inexistem. Mas não se trata de dizer, evidentemente, que violência é exclusividade de pobres e de indivíduos com baixa escolaridade. Nada disso. Muita gente de classe alta e com curso superior também é adepta da pancadaria”, advertiu.
Para o docente da UERJ, uma evidência de que a violência relacionada ao futebol não está tão generalizada quanto alguns acreditam é o fato de a maioria dos torcedores presentes ao estádio aplaudir quando um indivíduo é preso pela Polícia Militar após uma agressão, por exemplo. “A violência no futebol não assumiu proporções tão grandes quanto a violência em geral justamente porque a maioria dos aficionados é contra a sua progressão. Isso não significa que a violência presente no esporte não deva ser combatida. Medidas preventivas e punitivas são indispensáveis para que haja um maior controle sobre o problema”, defendeu Murad.
A professora Heloisa Reis, da FEF, reforçou o fato de a violência no futebol estar estreitamente ligada à violência mais geral, cujas raízes encontram-se na baixa qualidade do ensino público, na alta taxa de desemprego, na impunidade e no desrespeito aos direitos dos torcedores (leia-se cidadãos), entre outros fatores. Desde os primórdios, segundo ela, a prática do esporte é acompanhada de brigas, seja entre jogadores, seja entre torcedores. “Trata-se, portanto, de um fenômeno histórico que deve ser abordado no contexto cultural no qual se desenvolve”, destacou. A docente chamou igualmente a atenção para os riscos das generalizações. Assinalou que os jogos de futebol constituem um espaço significativo de reunião da juventude, que precisa ser preservado como tal. “Nem todos os jovens, obviamente, são violentos. Demonizar as torcidas organizadas, que na sua maioria é formada por homens de 15 a 25 anos, não é um bom caminho para tentar compreender e, conseqüentemente, controlar o problema”, pontificou.
Embora não acredite na possibilidade de erradicar os episódios violentos do âmbito do futebol, a docente considerou ser factível minimizá-los, a exemplo do que fizeram alguns países, notadamente a Espanha, onde a pesquisadora realizou estudos sobre o tema. Segundo Heloisa Reis, algumas medidas já foram adotadas nesse sentido no Brasil, como a criação do Estatuto do Torcedor e a instituição da Comissão Paz no Esporte. Recentemente, a Federação Paulista de Futebol (FPF) lançou a idéia de premiar as torcidas organizadas que melhor se comportarem durante as partidas. “Mas ainda temos muito que fazer: desde qualificar o policiamento para atuar em eventos esportivos até reformar nossas arenas, passando evidentemente pelo combate à impunidade e à corrupção”, sugeriu.

Via alternativa – Mas se a violência relacionada ao futebol é uma representação do que ocorre na sociedade brasileira, que modelos estão sendo adotados para prevenir o problema no plano mais geral? De acordo com Theodomiro Dias Neto, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e diretor do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (Ibccrim), existe uma visão equivocada da violência urbana no Brasil. Freqüentemente, disse, a questão é analisada a partir de uma perspectiva criminalizante. “Existe uma hegemonia do discurso repressivo, o que torna os debates pouco elucidativos. A tendência tem sido de combater os sintomas e não as causas do problema. Fazendo uma comparação livre, é como se estivéssemos administrando um remédio numa pessoa doente, sem saber para que o medicamento serve”, analisou.
Diante da ineficácia das ações, prosseguiu o especialista, a sociedade fica inclinada a pedir a intensificação das medidas, geralmente por meio de uma resposta penal mais severa. Ou seja, aumenta-se a dose do remédio, estabelecendo um círculo vicioso. “Criminalizar um fato social é, muitas vezes, um bom caminho para agravar o problema”, afirmou Theodomiro Dias Neto. O professor da FGV relatou, entretanto, que está emergindo no país um modelo progressista que faz uma abordagem diferenciada da questão da segurança urbana. Este, segundo ele, emprega um discurso técnico em contraposição ao discurso repressivo, que entende que a solução da problemática está no combate a alguns tipos de crimes [homicídios, roubos etc] e em reduzir a política de segurança a uma política estritamente criminal.
Theodomiro Dias Neto informou que as localidades que conseguiram diminuir significativamente os índices de criminalidade só obtiveram êxito porque entenderam que existem medidas fora da esfera penal. Bogotá, conforme o docente da FGV, é um bom exemplo nesse sentido. As autoridades da capital colombiana entenderam que gerir a segurança urbana é o mesmo que administrar problemas. Perceberam, ainda, que existe uma diferença entre o crime e o medo do crime. Por último, reservaram um olhar multidisciplinar para os conflitos que teriam que enfrentar. “A primeira medida adotada em Bogotá foi tornar o trânsito mais civilizado. A iniciativa teve um caráter simbólico importante, pois ajudou a transformar as relações urbanas e a enfrentar a violência de forma mais abrangente”, explicou.
Além disso, a população de Bogotá aderiu amplamente a uma campanha batizada de “Livros que voam”. Esta consiste em deixar livros em locais públicos, como pontos de ônibus, para que outras pessoas possam lê-los. “Essa experiência demonstra que a política de segurança urbana exige os seguintes pressupostos: análise local do problema, descentralidade das ações, olhar contextualizado da realidade e participação da sociedade civil. No lugar de programas como tolerância zero, o que se espera atualmente é que haja uma máxima tolerância na convivência urbana. Voltando ao exemplo do remédio, eu diria que a resposta penal é o medicamento mais forte de que dispomos. Como tal, ele só deve ser usado em situações extremas”, concluiu o professor da FGV.
O assunto violência também foi abordado pela médica Maria Fernanda Tourinho Peres, pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP. De acordo com os números divulgados por ela, entre 1980 e 2002 foram registrados 673.762 homicídios no Brasil, sendo que 110 mil (16,4%) vitimaram crianças e jovens na faixa etária de 0 a 19 anos. Destas, 87,6% tinham entre 15 e 19 anos. A maioria dos crimes (60%), conforme a especialista, foi cometida com armas de fogo. Os dados fornecidos por Maria Fernanda Peres também indicaram que a criminalidade não é mais um problema específico do eixo formado pelas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória. “O fenômeno está nacionalizado”, disse.
A pesquisadora do NEV afirmou que a maioria das crianças e jovens assassinados residia em áreas periféricas dos grandes centros urbanos. Assim como outros analistas, ela advertiu que não se trata de dizer que a pobreza em si é responsável pela ampliação da violência. “O que ocorre é que nessas localidades a população está exposta a uma superposição de privações, como baixa renda, baixa escolaridade, falta de atendimento em saúde, desemprego etc. Se quisermos reduzir a violência, essas questões precisarão ser atacadas”, explicou. Para o diretor da FEF, Paulo César Montagner, o “Fórum sobre violência no futebol” foi uma demonstração de que a Universidade é capaz de gerar conhecimentos que contribuem para a melhor compreensão dos problemas que afligem a sociedade.